quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Afinal, quem foi Jesus? - Parte 2: Um homem comum?

Vimos na primeira postagem dessa série que a hipótese de que Jesus não teria existido e a de que ele seria uma mistura de mitos é uma hipótese idiota, ignorante e anti-histórica. Tendo aceitado, então, que Jesus existiu, resta saber se ele teria sido divino (como a Bíblia diz) ou se foi apenas um homem normal. Nesta postagem, vamos analisar essa segunda hipótese. Ela pode se dividir em três suposições: (a) Jesus foi um grande filósofo (ou professor) da moral; (b) Jesus foi um farsante; (c) Jesus foi um lunático que achava que era Deus. Vejamos cada uma delas.

A) Um Grande Filósofo da Moral

Uma boa amiga minha tinha essa opinião sobre Jesus. Achava difícil acreditar em alguém que operasse milagres e que estivesse acima de todos os homens. “Foi um homem bom, certamente, uma grande pessoa. Mas compartilho com meu cunhado a ideia de que ele não passou disso: um homem bom e normal”, ela dizia.

Sobre esta visão, o escritor cristão C. S. Lewis (o mesmo que escreveu As Crônicas de Nárnia), analisa em seu livro Cristianismo Puro e Simples, a incoerência de pensar assim. Ele diz assim em um trecho:

O verdadeiro choque vem depois. Entre os judeus surge, de repente, um homem que começa a falar como se ele próprio fosse Deus. Afirma categoricamente perdoar os pecados. Afirma existir desde sempre e diz que voltará para julgar o mundo no fim dos tempos. Devemos aqui esclarecer uma coisa: entre os panteístas, como os indianos, qualquer um pode dizer que é uma parte de Deus, ou é uno com Deus, e não há nada de muito estranho nisso. Esse homem, porém, sendo um judeu, não estava se referindo a esse tipo de divindade. Deus, na sua língua, significava um ser que está fora do mundo, que criou o mundo e é infinitamente diferente de tudo o que criou. Quando você entende esse fato, percebe que as coisas ditas por esse homem foram, simplesmente, as mais chocantes já pronunciadas por lábios humanos [1].
Existiam duas crenças básicas naquela época, entre o povo judeu: (1) Deus era um Ser único, todo-poderoso e infinitamente superior e distinto de tudo o que criara; e (2) esse mesmo Deus faria nascer um salvador (conforme as profecias das Escrituras) que, segundo a interpretação dos líderes religiosos da época, seria um grande rei, arrancaria o povo da opressão romana e firmaria um reino forte e poderoso.

Tanto uma quanto a outra crença pareceram ser contraditas por Jesus. C. S. Lewis focaliza a primeira crença nesse trecho. Nenhum judeu do primeiro século poderia conceber que um homem de carne e osso, ser humano como qualquer outro, nascido de uma mulher, seria parte do próprio Deus todo-poderoso, maior que tudo e que criou o mundo. Como C. S. Lewis aponta, tal afirmação seria imaginável e não geraria problema algum na Índia, por exemplo, onde o panteísmo afirma que Deus e o universo (e tudo o que há no universo) são uma coisa só. Mas no judaísmo, sobretudo o judaísmo do primeiro século, ninguém diria isso e, se dissesse, seria considerado culpado de grave blasfêmia.

E a pergunta é: Por quê Jesus se apresentou como sendo parte do próprio Deus? Queria ele pregar uma teologia panteísta? Não, não queria. Primeiro, porque não existia influência panteísta no contexto judaico do primeiro século. Não tinha da onde tirar uma ideia dessa. Segundo, porque ele se apresentava como o único. Nem ele, em seu ministério, nem seus discípulos, posteriormente, pregaram algo como: “Deus é cada um de vocês” ou “Você pode ser Deus se quiser”. Não. Deus estava acima de tudo e de todos. Nisso a teologia cristã era igual a teologia judaica. A diferença era que Jesus era considerado parte de Deus; parte de Deus que se fez ser humano, algo totalmente estranho ao judaísmo. Por quê? Por que Jesus se apresentava assim? C. S. Lewis continua:

Há um elemento do que ele afirmava que tende a passar despercebido, pois o ouvimos tantas vezes que já não percebemos o que ele de fato significa. Refiro-me ao perdão dos pecados. De todos os pecados. Ora, a menos que seja Deus quem o afirme, isso soa tão absurdo que chega a ser cômico. Compreendemos que um homem perdoe as ofensas cometidas contra ele mesmo. Você pisa no meu pé, ou rouba meu dinheiro, e eu o perdoo. O que diríamos, no entanto, de um homem que, sem ter sido pisado ou roubado, anunciasse o perdão dos pisões e dos roubos cometidos contra os outros? Presunção asinina é a descrição mais gentil que podemos dar da sua conduta.
Entretanto, foi isso o que Jesus fez. Anunciou ao povo que os pecados cometidos estavam perdoados, e fez isso sem consultar os que, sem dúvida alguma, haviam sido lesados por esses pecados. Sem hesitar, comportou-se como se fosse ele a parte interessada, como se fosse o principal ofendido. Isso só tem sentido se ele for realmente Deus, cujas leis são transgredidas e cujo amor é ferido a cada pecado cometido. Nos lábios de qualquer pessoa que não Deus, essas palavras implicam algo que só posso chamar de uma imbecilidade e uma vaidade não superadas por nenhum outro personagem da história [2].
Aqui podemos começar a duvidar da possibilidade de Jesus ter sido apenas um grande mestre da moral. Falando as coisas que ele falava, só podemos chamá-lo de louco ou de mal-caráter. Afinal, se ele era só um homem, mas se dizia Deus, ele estava mentindo. E alguém que passa um ministério inteiro dando tanta ênfase a essas mentiras, é mentiroso e não um mestre da moral. Tudo o que Jesus falou de positivo em sua vida não o torna um grande mestre se ele mentia sobre quem era. Ele se dizia divino e agia como se fosse divino. Se não era divino, então, ou era lunático ou um farsante, mas não um mestre da moral. Lewis escreve, na continuação de seu texto:
No entanto (e isto é estranho e, ao mesmo tempo, significativo), nem mesmo seus inimigos, quando leem os evangelhos, costumam ter essa impressão de imbecilidade [loucura] ou vaidade [malcaratismo]. Quanto menos os leitores sem pre¬conceitos. Cristo afirma ser ‘humilde e manso’, e acreditamos nele, sem nos dar conta de que, se ele fosse somente um homem, a humildade e a mansidão seriam as últimas qualidades que poderíamos atribuir a alguns de seus ditos [3].
De fato, as coisas que Jesus Cristo dizia e falava deveriam ser consideradas imbecis e loucas, vaidosas e expressão de mal-caráter, caso ele não fosse quem afirmava ser. Vemos nos evangelhos Jesus se dizendo um com Deus, Filho de Deus, o Caminho, a Verdade, a Vida, a Porta, o humilde, o manso e etc. Ele se eleva de tal maneira que se todas essas firmações são mentiras, Jesus foi o mais mentiroso dos homens (ou, se acreditava no que falava, o mais lunático). Lewis conclui sua linha de raciocínio com as seguintes palavras:
Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a seu respeito: ‘Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus’. Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático - no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido — ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la [4].
Em suma, Jesus jamais poderia ter sido só um grande mestre da moral. As coisas que afirmava eram em demasia fortes e, se não eram verdadeiras, ele não passava de um doido varrido ou um grande farsante. Para provar que realmente era divino, ele deveria apresentar ao povo pelo menos alguns de seus atributos divinos. Mas, aceitando que ele era apenas um homem normal, tais atributos não poderiam ser mostrados e todos os seus milagres, descritos nos evangelhos, com certeza não ocorreram. Logo, é impossível que um mentiroso desses pudesse ser um grande mestre da moral com um caráter elevado.

B) Um Grande Farsante

Se Jesus não pode ter sido apenas um grande mestre da moral, então devemos considerar a hipótese de que ele foi um grande mentiroso. Ok. Entretanto, mais uma vez o tiro sai pela culatra no momento em que começamos a encarar os questionamentos formados em torno desta visão: Qual seria o seu objetivo, já que sofreu e morreu por essa mentira sem acumular riquezas e poder? O que levou os discípulos a seguir um mentiroso? O que levou tantas pessoas da época a crerem em um homem que não fez nenhum milagre para provar que era parte de Deus (afinal, estamos trabalhando com a hipótese de que os milagres descritos no evangelho não ocorreram)?

E mais: Por que os discípulos de Jesus e seus primeiros seguidores aceitariam sofrer tantas terríveis perseguições após sua morte, já que ele era um falso e também eles não se beneficiaram por suas mentiras? E como tiveram a cara de pau de pregar tantos milagres de Jesus, se todos sabiam que esses milagres não ocorreram? E como as pessoas acreditavam nesses primeiros seguidores, mesmo sua pregação sendo tão desprovida de verdades? Não há pensamento lógico aqui. Se tal homem foi um mentiroso, todo o sofrimento que ele passou e fez os outros passarem foi em vão. E se a mentira não beneficia o mentiroso, o mentiroso não irá persistir nela. Como, então, o cristianismo foi para frente? O apóstolo Paulo diz em I Coríntios, capítulo 15, versículos 14-19:

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que Ele ressuscitou a Cristo, ao qual Ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque se os mortos não ressuscitam, também cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis em vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram [morreram] em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo [a esperança dos cristãos] se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
Esta passagem é incrível! Ela mostra a situação de quem se tornou seguidor de Jesus no primeiro século. Paulo não foi discípulo direto de Jesus Cristo, mas assim como eles, era judeu. Se realmente o que todos os cristãos estavam sustentando era mentira, eles sabiam que estavam perdidos na vida. Não só sofreriam as perseguições dos romanos e dos judeus, que eram hostis à crença dos cristãos, como ainda estariam pecando contra o próprio Deus, assegurando que Deus fez algo que, na verdade, não tinha feito. Em II Coríntios, Paulo completa a nossa linha de raciocínio, dizendo:
Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, jejuns muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há que me pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas (II Coríntios 11:23-28).
Mas ainda podemos deixar a questão mais interessante citando aqui o que o apóstolo Pedro, este sim, discípulo direto de Cristo, diz em uma de suas epístolas presentes na Bíblia:
Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro 1:16-21).
Será que Paulo e Pedro, assim como outros discípulos, aceitariam passar por tantos problemas para sustentar uma mentira? Será sensato afirmar que todas as pessoas que se empenharam em pregar o evangelho durante o primeiro século eram farsantes?

É claro, que hoje, dois mil anos depois, vivemos em uma época em que existem muitos pastores ladrões, padres pedófilos e religiosos hipócritas. Sabemos também que durante toda a idade média, a Igreja Romana foi fachada para toda a sorte de corrupções. Mas é inegável, historicamente, que os cristãos dos primeiros três séculos sofreram muitas perseguições por pregarem uma filosofia de vida que não os beneficiava em nada (no que se refere à vida material). E justamente as pessoas que eram contemporâneas a Jesus Cristo. O que as motivava a sustentar a defender uma mentira tão inútil? O que motivou a Jesus?

C) Um Grande Louco

Entra em cena, então, a ideia de que Jesus Cristo era simplesmente lunático. Nessa hipótese, Jesus seria alguém com sérios problemas psicológicos que realmente acreditava que era o salvador do mundo. Entretanto, essa hipótese também apresenta muitas dificuldades. A primeira seria o tempo relativamente extenso de seu ministério. Jesus era o tipo de homem que não duraria mais que umas poucas semanas com vida no contexto judaico da época. Ele se igualava a Deus em autoridade (o que era uma blasfêmia); ele dizia ser o Messias, mas se recusava a tomar o trono de Israel (o que os judeus achavam que o Messias deveria fazer); ele arranjava inimizade com os maiores mestres da lei que existiam no judaísmo (o que não era nem um pouco aconselhável). Fazendo essas coisas, não tinha como Jesus pregar por três anos e meio. Seria morto antes disso.

A segunda dificuldade é que, se Jesus era um lunático, isso devia ser perceptível. É fácil averiguar que uma pessoa não bate bem da cabeça. O olhar, o jeito, o modo de falar, as atitudes e, sobretudo, o conteúdo das mensagens de uma pessoa costumam ser suficientes para mostrar se ela é normal ou se tem algum tipo de problema psicológico. Se Jesus era lunático, devia ter, no mínimo, alguns traços que mostravam isso. As suas afirmações, no entanto, eram tão absurdas que isso nos leva a crer que Jesus não tinha apenas traços de loucura. Ele era um louco explícito, no maior estágio de delírio a que pode chegar uma pessoa.

Não obstante, a suposição de que ele tinha um alto grau de loucura não se adéqua muito aos fatos. Jesus conseguiu seguidores demais para quem era tão maluco assim. Está certo que algumas pessoas meio lunáticas conseguem, por vezes, alguns seguidores. Só que nunca são muitos. E quanto mais louca uma pessoa é, menos seguidores terá. Contudo, Jesus foi seguido por milhares durante o seu ministério. Muitos abandonaram a crença em Jesus quando ele foi crucificado, não por acharem que ele era louco, mas porque achavam que o Messias não poderia morrer sem cumprir a sua missão de tomar o poder e libertar Israel. Como tantas pessoas creram em um louco? E como o cristianismo viria a se tornar a maior religião do mundo tendo começado a partir de um louco? Isso não se adéqua a essa suposição.

Jesus também não era alguém a quem as pessoas chamavam de lunático. Jesus não tinha essa fama. Ao contrário disso, ele era chamado de Mestre por muitas pessoas. Antes de sua crucificação os judeus o achavam um homem sábio. De fato, ele conhecia as Escrituras judaicas melhor do que os próprios líderes religiosos da época, algo que ninguém que não fosse rabino, escriba ou sacerdote, conseguia fazer. Era um homem de origem humilde, que não teve acesso a estudos profundos, mas que tinha gabarito para debater e ganhar o debate contra doutores da religião. Isso também não se adéqua a suposição de que Jesus era louco.

Se nós analisarmos os debates de Jesus no Novo Testamento, bem como seus ensinamentos, é possível ver que seu pensamento era de uma profundidade tão grande que chega a ser uma idiotice pensar que ele poderia ter sido um louco. Suas palavras não poderiam jamais ser fruto de uma mente delirante. Que tipo de louco consegue ser mais profundo e coerente que pessoas normais? Em suas parábolas e nos debates com fariseus há sabedoria, sagacidade e sensibilidade. Ele era capaz de calar os doutores da lei judaica através da própria lei judaica; e tudo o que dizia estava em conformidade com as Escrituras Sagradas dos judeus. Jesus sequer entrava em contradições. Como sustentar que esse homem era um louco em seu maior estágio de delírio?

Uma passagem interessante e que está em oposição frontal à hipótese da loucura de Jesus aparece em Mateus 7:29, onde podemos ler:

E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina. Porquanto os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
O mesmo fato é relatado em Marcos 1:22 e Lucas 4:32. Isso é muito importante. Alguém que fala com autoridade é alguém que não denota insegurança, confusão e muito menos loucura. E alguém que fala com mais autoridade do que escribas (que também eram mestres da lei) é alguém apresenta uma inteligência e uma sagacidade ímpar.

Em suma, o tal Jesus era um indivíduo que falava com sobriedade sobre temas profundos e, alguns até absurdos, como já foi dito. E, pregando por longos três anos e meio, só foi calado no momento em que ele mesmo se entregou, sob nenhuma acusação de crime. Portanto, esse judeu de nome Jesus, que viveu no primeiro século e que foi crucificado, não apresenta nenhum traço que nos possibilite chamá-lo de lunático. Pelo contrário, o que conhecemos de Jesus (e que é confiável), nos revela um homem extremamente lúcido e inteligente.

Isso conclui essa segunda postagem. Vemos que todas as explicações naturalistas de quem teria sido Jesus falham feio. Jesus não pode ter sido só um grande mestre da moral. Se o que ele dizia ser era mentira, então ou ele era um mentiroso ou um lunático. Só que Jesus não tinha motivos para mentir e nem os seus discípulos. E também não há possibilidade de Jesus ter sido louco (nem seus seguidores, aliás, que eram profundos como eles). Então, chegamos à seguinte conclusão: Jesus não foi apenas um homem como qualquer outro. Ele foi algo mais que isso. Mas o quê? Um feiticeiro, um endemoninhado, um profeta? Vamos continuar as análises em nossa próxima postagem.
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Referências:


1.
C. S. Lewis, Cristianismo Puro e Simples - Martins Fontes, 2005.
2. Idem.
3. Idem.

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