sábado, 27 de dezembro de 2014

Tudo o que um líder cristão não deveria fazer

Passo meus olhos pelo feed de notícias do Facebook e me deparo com um vídeo. Nele, quatro pessoas conversam entre si sobre fé e religião, tendo como mediador e entrevistador o filósofo brasileiro Luiz Felipe Pondé. Os convidados para as discussões são: Ed René Kivitz, um cristão protestante que flerta com aquele irritante evangelho liberal de quem já passou por diversas igrejas e ficou chateado por não achar perfeição em nenhuma delas; Italo Fasanella, um cristão católico do movimento carismático, que pisa em ovos para agradar a todos; Ma Dhyan Bhavya, uma esotérica que não acredita em Deus, mas crê em energias e força interior; e Jaime Alves, um ateu medíocre que certamente nunca leu um único livro de apologética e que repete falácias mais velhas que minha avó contra a religião.

Acho a proposta do breve programa até interessante, mas é difícil esperar muita coisa de convidados como estes. Aperto o play e como as probabilidade já indicavam, o resultado é frustrante. Perco 26 minutos de meu precioso tempo vendo dois líderes cristãos permitirem que a crença em Deus e o cristianismo sejam rebaixados a meras necessidades emocionais, ferramentas de autoajuda e crenças totalmente desligadas da razão.

Como se não bastasse, sou obrigado a engolir uma covardia vergonhosa de um deles em não querer dizer com todas as letras a verdade inevitável de que, se o cristianismo está certo, todas as outras religiões estão erradas. A intensa geração de baboseiras evidentemente dá abertura para que a esotérica também diga as suas e o ateu feche o show de horrores se achando o "Senhor Racional acima de todos esses idiotas" e soltando suas ridículas falácias.

Termino de assistir o vídeo pensando em como os grandes intelectuais cristãos do presente e do passado tem sido amplamente ignorados por nossos líderes de Igreja. Os dois cristãos que participaram deste programa tinham todo o aparato intelectual imaginável para destruir em pedacinhos qualquer oposição ao teísmo e ao cristianismo. Eles tinham tudo para provar da maneira mais clara e límpida que a fé cristã está baseada em fatos concretos e fincada na razão. Eles tinham tudo para mostrar que fora do teísmo cristão nada faz sentido lógico e que qualquer pessoa que queira sustentar o rótulo de racional necessita se curvar à racionalidade da religião cristã. Eles tinham tudo para reduzir o pensamento esotérico e o pensamento ateísta abaixo de esterco.

Em suma, eles tinham ao seu dispor os argumentos, as discussões e as respostas racionais oferecidas por gigantes do pensamento cristão como William Lane Craig, Alvin Plantinga, Richard Swimburne, Peter Kreft, Norman Geisler, Alister McGrath, Olavo de Carvalho, Rodrigo P. Silva, F. F. Bruce, N. T. White, W. F. Albrigth, Darrell Bock, Francis Collins, Lee, Strobell, Josh MacDowell, C. S. Lewis, G. K. Chesterton, Francis Bacon, Anselmo de Cantuária, Tomás de Aquino, Agostinho de Hipona e etc., imortalizados centenas e mais centenas intermináveis de obras de alto nível intelectual.

Mas o que eles fazem? Colaboram mais uma vez para que a crença em Deus e o cristianismo sejam, nada mais nada menos que crenças absurdas que sustentamos sem qualquer evidência.

Definitivamente, nossos líderes não andam bem da cabeça.


Um comentário:

  1. A maioria dos líderes religiosos de hoje em dia (não todos)só abrem uma igreja para se aproveitar da fé alheia.Eu falo o mesmo de religiosos que atualmente são políticos.

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